Sunday, January 9, 2011
Downton Abbey Versão de Assassinato em Gosford Park
O canal ITV1 estreou na noite do último domingo, 26 de setembro, a série “Downton Abbey”, que teve seu projeto divulgado em agosto de 2009. Trata-se de um drama de época, com sete episódios encomendados para a primeira temporada, sendo que o piloto tem 90 minutos de duração. Sua estreia registrou uma média de 7.7 milhões de telespectadores.
Criada por Julian Fellowes, a série tem produção da NBC Universal através da Carnival Films, produtora inglesa comprada pela empresa americana em 2008, com o objetivo de produzir filmes e séries na Inglaterra.
A história resgata a temática do filme de 2001, “Assassinato em Gosford Park”, escrito por Fellowes, retratando a vida de uma rica família em relação à vida dos empregados da casa. A princípio, não há previsão de que a trama inclua um assassinato.
O projeto da série surgiu em 2008, quando o produtor Gareth Neame, apaixonado pelo filme, pediu a Fellowes que desenvolvesse o mesmo tipo de roteiro para uma série de TV. O projeto foi levado ao canal ITV que, em parceria com empresas internacionais, encomendou a produção da série.
Situada no ano de 1912, período pré-Primeira Guerra Mundial, a história pretende atravessar os anos introduzindo as inovações tecnológicas e as mudanças histórias pelas quais a Inglaterra passou ao longo de, pelo menos, 10 anos.
Os Crawleys são proprietários de Downton Abbey desde 1772. Na residência vivem os membros da família, alguns idosos, outros jovens; alguns apaixonados pelo lugar, outros desesperados para saírem dali e viverem suas próprias vidas. No andar de baixo está a criadagem, de quem a família depende completamente. São os empregados que mantém o lugar impecável e funcionando. Conhecem todos os segredos de cada membro da família, que mal conhecem aqueles que trabalham para eles.
O primeiro episódio tem início com a morte de James Crawley, primo do Conde de Gratham, e seu filho Patrick, que estavam à bordo do Titanic. Casado com a milionária americana Cora (Elizabeth McGovern), o Conde Robert Crawley (Hugh Bonneville, de “The Silence”), não teve herdeiros homens, apenas três filhas.
Para manter a propriedade e o título de Conde dentro da família, ele tinha arranjado um casamento entre sua filha mais velha, Lady Mary (Michelle Dockery) e o filho de seu primo, Patrick. Agora, com a morte do noivo, Mary rebela-se, exigindo a liberdade de poder escolher com quem se casará. Sua atitude coloca em risco o futuro da propriedade, que poderá passar para outra família.
Downton Abbey é mantida com o dinheiro de Cora, que assinou um contrato matrimonial no qual estabelecia que, em troca do título de Condessa, ela passaria sua fortuna ao marido, que investiu o dinheiro em um fundo, o qual sustenta a mansão. Se esta for transferida para outra família, o título e a fortuna serão perdidas.
Assim sendo, mesmo tendo se oposto ao casamento arranjado, a mãe de Robert, a Condessa Violet (Dama Maggie Smith), une-se a Cora para tentar convencer Matthew Crawley (Dan Stevens), outro primo distante, a cortejar Mary. O problema é que Matthew é filho de Isobel (Penelope Wilton), mulher sem linhagem, o que o torna um meio pretendente.
A família ainda é composta por Lady Sybil (Jessica Brown Findlay), filha de Robert e Cora, ativista política que luta pelo direito de voto da mulher e sua liberdade social; Lady Edith (Laura Carmichael), outra filha de Robert, que era verdadeiramente apaixonada por Patrick, o que a levou a se tornar rival da irmã, Mary. Com a chegada de Matthew, Sybil tentará se vingar, conquistando o novo pretendente da irmã.
A famíia ainda tem Lady Rosamund (Samantha Bond), irmã de Robert, viúva de um banqueiro que a deixou bem de vida. Ela é mãe de Lavínia, casada com um Coronel, e de Cyril, que vive longe, o que a leva a meter-se na vida do irmão e das sobrinhas.
Enquanto isso, a criadagem tenta manter-se alheia aos problemas que ocorrem na casa, realizando suas funções da forma mais impecável possível. A equipe de criados é comandada pelo mordomo, Sr. Carson (Jim Carter), que trabalha na mansão há anos, considerando Mary como uma filha.
A equipe é formada pela governanta, Sra. Hughes (Phyllis Logan), que tem um grande respeito e admiração por Carson, a quem protege sempre que necessário; a cozinheira, Sra. Patmore (Lesley Nicol), que não aceita a autoridade de Carson; o valete do Lorde Grantham, John Bates (Brendan Coyle), apaixonado por Anna (Joanne Froggatt), uma das empregadas.
O restante da equipe de empregados é formada por Sarah O’Brien (Siobhan Finneran), mulher invejosa e egoísta; Thomas (Rob James-Collier), homem ambicioso que costuma roubar pequenos objetos de valor e mantém um relacionamento gay com um dos visitantes da mansão; William (Thomas Howes), um jovem ingênuo que preferia cuidar dos estábulos a servir dentro da casa; Gwen (Rose Leslie), jovem rebelde que se alia a Lady Sybil; Daisy (Sophie McShera), apaixonada por Thomas; e Branson (Allen Leech), o chofer, jovem irlandês com forte opinião política, que influencia Lady Sybil.
Esta não é a primeira série inglesa a lidar com o mesmo tema: a relação entre patrões e empregados em uma casa de família abastada. Entre 1971 e 1975, foi produzida a série “Upstairs, Downstairs”. Em 68 episódios, a série narrou as mudanças que ocorreram na vida da família Bellamy e de seus empregados entre os anos de 1903 e 1930, acompanhando as mudanças sociais, históricas e tecnológicas. A produção terá um remake que está em fase de filmagens pelo canal BBC, com previsão de estreia para o mês de dezembro, na Inglaterra.
Fonte: Veja Abril
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