RIO DE JANEIRO:
Todos os anos, na época de Carnaval, a cidade do Rio de Janeiro respira durante cinco dias um invejável ar de alegria. Os cariocas esquecem problemas e obrigações e rendem-se ao gigantesco espetáculo de dança e magia. O auge da festa é o desfile do grupo especial na Marquês de Sapucaí, onde diversas escolas de Samba disputam entre si o título de Campeã do Carnaval. Samba, cores vivas, fantasias esplendidas e mulheres bonitas são os principais ingredientes desta disputa grandiosa.
A data do Carnaval varia de ano para ano em função da páscoa. Geralmente a festança ocorre entre o final do mês de fevereiro e os primeiros dias de março. O início oficial do Carnaval sempre é em um Sábado e o termino ao meio-dia da quarta-feira seguinte, chamada de "Quarta-feira de Cinzas". Entretanto muitas pessoa já começam os festejos na sexta-feira. Diz-se muito no Brasil que o ano oficialmente só começa após o Carnaval.
Durante a maior parte da década de noventa, o carnaval ficou reduzido aos desfiles das escolas de samba e aos grandes bailes em clubes fechados. O conhecido e tradicional "carnaval de rua", em que as pessoas brincam espontaneamente sem pagar entrada, fora abandonado. Nos últimos anos, entretanto, essa forma de festejar está sendo recuperada.
O Carnaval tem diversas origens possíveis, que nos levam a milhares de anos antes de Cristo. A palavra carnaval pode ter a sua origem na expressão latina "carrum novalis", utilizada pelos romanos para abrirem seus festejos. Ou talvez na palavra "carnelevale", que significa "adeus à carne", em dialeto milanês, uma referência ao início da Quaresma cristã.
CARNAVAL EM SALVADOR:
Mágico. Assim podemos definir o carnaval de Salvador. Um mar de gente, todas com o mesmo propósito: se divertir até o último minuto. São 6 dias de festa e 359 dias de contagem regressiva para chegar novamente este momento. É hora de extravasarmos, vestirmos o nosso abadá e nos transformamos em definitivo na unidade fundamental dessa festa, o folião. Seja no percurso Dodô, no Osmar ou até mesmo no Batatinha. O que importa não é por onde vamos e sim o quanto vamos nos divertir.
Depois de escolhermos o nosso bloco favorito, que pode ser de Trio, Alternativo ou até mesmo um bloco Afro, é hora de irmos pra rua e cairmos na folia. Tem os que preferem os camarotes para assistir a tudo no maior conforto e sofisticação. Mas para os que põem o pé na avenida, nada melhor que contar com a segurança da corda e a simpatia dos cordeiros que servem como anjos de guarda em todo o circuito, como ninguém é de ferro, uma pausa para um descanso no carro de apoio. É impossível explicar a emoção que é entrar na avenida. Parece que somos o próprio cantor que está no Trio Elétrico. O show é nosso, queremos que todos nos vejam e ao olharmos nos olhos de cada um, queremos transportá-los para o nosso lugar e dividir esta alegria.
Essa é a sinergia do carnaval baiano. A maior festa popular do planeta não passa de uma grande troca. O compromisso dos coordenadores e comissários dos blocos com todos os associados faz desse laço uma relação praticamente familiar, que começa desde a pré-habilitação, passa pela entrega de abadás e vai até o arrastão na quarta-feira de cinzas.
CARNAVAL EM OLINDA:
Juntamente com os carnavais do Rio de Janeiro e de Salvador, o carnaval de Olinda é um dos mais famosos do Brasil.
Entretanto, pode-se afirmar que o carnaval de Olinda é o mais popular do Brasil, no sentido de que os festejos são protagonizados pelo POVO. Não há sambódromos em Olinda: todas as ruas são tomadas pelo povo. Não há trios elétricos em Olinda: a animação e o ritmo são mantidos pelos populares, que formam grupos de todos os matizes, com variados instrumentos e tocando as músicas que desejarem. Não há programação no carnaval de Olinda: há apenas um dia para começar e outro para terminar; há blocos que ficam até tarde da noite, outros que saem no começo da manhã.
Segundo o jornalista e carnavalesco José Ataíde (fonte: site da Prefeitura de Olinda), foi em 1977 que o Carnaval de Olinda assumiu o caráter eminentemente popular que o caracteriza hoje. Nesse ano, foram abolidos da folia olindense a comissão julgadora, a passarela e o palanque das autoridades, elementos considerados cerceadores da plena participação popular, o que lhe garantiu através do tempo o título de "Carnaval Participação".
O carnaval é aberto a todos; não existe cobrança de ingressos ou necessidade de abadás. Desde cedo, crianças são trazidas pelos pais para participar da festa; de outro lado, pessoas da terceira idade retornam à juventude e também caem na folia.
Como não há censura de nenhum tipo, as sátiras políticas são absolutamente normais no carnaval de Olinda. As sátiras se concretizam tanto na forma de marchas, como na forma de bonecos e fantasias. Os tradicionais bonecos gigantes que capitaneiam vários blocos são, por si só, obras artísticas admiráveis. O carnaval de Olinda ostenta dezenas de bonecos gigantes, sendo o mais conhecido deles o Homem da Meia-Noite, que está nas ruas desde 1932 e é responsável por dar início, oficialmente, a zero hora do sábado de Zé Pereira, ao carnaval olindense; acompanhando os bonecos, escuta-se uma variedade de ritmos, com desfiles de afoxés, escolas de samba, caboclinhos e maracatus.
Todos os anos, clones de Presidentes, políticos e outras personalidades do momento comparecem ao carnaval de Olinda (Osama bin Laden e Lula foram populares em anos recentes). Não é incomum que autoridades compareçam em pessoa às festividades; ao contrário de outros locais, em Olinda os famosos participam da festa anonimamente, junto com o povo.
Visite os sites oficiais:
»Carnaval em Olinda - 2004.
»Carnaval em Olinda - 2005.
Atenção: os sites acima contêm som.
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